HISTÓRIA DE VIDA DE MÁRCIA BRITO: INCLUSÃO DIGITAL
A minha inserção no mundo digital se deu a partir da década de 80, quando a empresa em que trabalhava começou a adquirir os equipamentos e percebi a necessidade de me capacitar. Nesta época residia no interior e para estudar teria que vir a capital. As dificuldades foram vencidas pela vontade de aprender novos conhecimentos e claro, garantir o meu emprego.
Ao iniciar o curso, percebi com alegria que o teclado do computador era bem parecido com o da máquina de escrever. Assim sendo, o aprendizado foi mais fácil do que pensei e a prática ficou menos trabalhosa, principalmente quando lembrava que não precisaria usar o papel carbono e nem necessitaria usar o lápis borracha.
Quando conclui o curso de informática, fui transferida para outro setor e meu salário aumentou. Alguns colegas de trabalho foram demitidos pela resistência em aprender a nova habilidade e só depois perceberam que não podiam ficar fora do processo e tiveram que voltar a escola para garantir seu espaço no mercado de trabalho.
Este ano completo trinta anos de trabalho e continuo aprendendo, sei que a melhoria contínua precisa ser uma constante na vida de um profissional, contudo as vezes sinto uma angústia, parece que estamos sempre correndo atrás de algo inalcançável, devido a dinâmica do mercado capitalista.
Não posso deixar de admitir que as novas mídias facilitaram muito as nossas vidas, principalmente no espaço profissional, porém não podemos deixar que ela domine o nosso espaço pessoal para não permitirmos que as relações sejam meramente virtuais, sem a emoção das percepções sensoriais.
HISTÓRIA DE VIDA DE SIMONE FREIRE: INCLUSÃO DIGITAL
Minha inserção no mundo digital literalmente começou com uma história de amor, há 15 anos, quando conheci um programador de computação. Para podermos nos comunicar, mergulhei no ambiente virtual, com conexão difícil, cobranças da família por ocupar a linha telefônica e principalmente o aumento na conta telefônica, geralmente os boletos vinham com valores muito altos.
Quando cursei Psicologia, passei metade do curso fazendo os trabalhos acadêmicos utilizando a máquina de datilografia, era terrível, errava muito, chorava e pedia ajuda de parentes mais habilidosos. Quando meu pai percebeu a minha angústia, comprou um computador e me deu de presente. Ah! Que maravilha! Quanta facilidade deixei de importunar as pessoas e tudo fazia com satisfação.
Uma vez formada, passei a ser convidada a ministrar palestras na área de sexualidade, senti necessidade de substituir as transparências, slides, pelo data show. Como nunca fiz nenhum curso na área de informática, fui me aventurando e com a ajuda do meu amor desbravei esse universo de infinitos saberes.